sábado, 24 de dezembro de 2016

Porque não se comemora NATAL

Porque os judeus não comemoram o NATAL!
Por ser esta a data de nascimento de Mitra/Tamuz/ O Sol Invicto, não de Yeshua. Yeshua nasceu durante a festa de Sucot ( tabernáculos) segundo estudo aprofundado, pelo turno sacerdotal de ZecharYah ( Zacarias) ( Pai de Yohanan o imersor que conhecem como João Batista) pela diferença de 6 meses entre o nascimento entre eles, seria em nosso "outubro", e isto fica claro no próprio texto de Yohanan (João) 1:14 Onde nos originais trazem que "Ele Tabernaculou" ( nas traduções "habitou) entre nós. Além do mais não existe uma se quer uma orientação onde devamos comemorar o "aniversário" de alguém. Nas Escrituras, somente pessoas não crentes comemoram o que chamamos de "aniversário".  Shalom!

domingo, 11 de dezembro de 2016

Chanucá

Significado de Chanucá
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Chanucá significa, literalmente, "Inauguração". A festa recebeu este nome em comemoração ao fato histórico de que os macabeus "chanu" (descansaram) das batalhas no "cá" (25º dia) de Kislêv.
Duração: 8 dias.

Por que comemora-se

Antiocus, rei da Síria, governou a Terra de Israel depois da morte de Alexandre, o Grande. Pressionou os judeus a aceitarem a cultura greco-helenista, proibindo o cumprimento das mitsvot (preceitos) da Torá e forçando a prática da idolatria pagã.

Antiocus foi apoiado por milhares de soldados de seu exército. Em 165 AEC, os Macabeus, corajosos lutadores oriundos de uma família de muita fé, os Chashmonaim, apesar do antagonismo esmagador, saíram vitoriosos de uma batalha travada contra o inimigo.

O Templo Sagrado, violado pelos rituais greco-pagãos, foi novamente purificado e consagrado e a Menorá (candelabro) reacesa com o azeite puro de oliva, descoberto no Templo.

A quantidade encontrada era suficiente para apenas um dia, mas milagrosamente durou 8 dias, até que um novo óleo puro pudesse ser produzido e trazido ao Templo. Em lembrança destes milagres comemoramos Chanucá durante oito dias.

Sobre Chanucá

Por Eliyahu Kitov

Os oito dias da Festa de Chanucá começam em 25 de Kislev. As luzes são acesas toda noite durante os oito dias da festa.

Os Sábios (Shabat 21b) perguntaram: O que é Chanucá? Os Rabinos ensinaram: A partir do vigésimo quinto dia de Kislev, são observados oito dias de Chanucá, durante os quais não são feitas eulogias e o jejum não é permitido. Pois quando os gregos entraram no Santuário, profanaram todos os azeites [usados para acender a Menorá]. E quando a Casa Hasmoneana prevaleceu e os derrotou, eles procuraram e encontraram apenas uma ânfora de azeite com o selo do Cohen Gadol – e esta jarra tinha azeite suficiente para queimar um dia. Mas ocorreu um milagre e o azeite ardeu durante oito dias.

No ano seguinte, os Sábios designaram estes oito dias como uma festa, com canções de louvor e agradecimentos. Durante o período do segundo Templo Sagrado, os reis gregos emitiram decretos rigorosos contra Israel, banindo suas práticas religiosas e proibindo-os de estudar Torá e cumprir as mitsvot. Eles roubaram o dinheiro e suas filhas, entraram no Santuário e os atacaram, profanando tudo que era ritualmente puro. Causaram grande angústia a Israel e oprimiram os judeus até que o D'us dos nossos pais teve misericórdia deles e os libertou, salvando-os das mãos de seus inimigos. A Casa Hasmoneana – os Cohanim Guedolim – prevaleceram, matando-os e salvando Israel das mãos deles. E eles nomearam um rei dentre os cohanim, e o reino de Israel foi restaurado por mais de duzentos anos, até a destruição do Segundo Templo Sagrado.

Foi no dia 25 de Kislev que Israel prevaleceu e venceu seus inimigos. Entraram no Santuário e encontraram apenas uma ânfora [de azeite] puro. Continha o suficiente para um dia, mas eles acenderam as luzes da Menorá e durou oito dias, até que prensassem azeitonas para extrair azeite puro (Rambam, Hilchot Chanuca 3).

Os Sábios daquela geração portanto decretaram que esses oito dias, começando em 25 de Kislev, fossem designados dias de júbilo e louvor, e que se acendessem luzes na entrada das casas em cada uma dessas oito noites, para divulgar o milagre. E estes dias são chamados de Chanucá – [inauguração, consagração; pode-se também interpretar a palavra como] chanu [eles descansaram] ca [no vigésimo quinto] – pois no vigésimo quinto dia eles descansaram da batalha contra seus inimigos.

O Talmud declara que os dias foram designados para “prece e agradecimento”.

Cumprimos a obrigação de “louvor” recitando Hallel completo durante Shacharit, as preces matinais em todos os oito dias de Chanucá. A obrigação de “agradecimento” é cumprida recitando-se Al haNissim que é inserido na prece Amida e no Bircat Hamazon, prece de Graças Após as Refeições quando se ingere pão, hamotsi.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Aniversário Judaico

O que é um aniversário judaico?

Nosso aniversário é a data na qual nós nascemos de acordo com o calendário judaico.
Longe de considerar este evento como um incidente, a tradição judaica vê nosso aniversário judaico abarrotado de significado e relevância e, de uma certa forma, até mesmo como um mini Rosh Hashaná!

O Talmud nos informa que, em nosso aniversário judaico, nossa mazal (boa sorte) está dominante.

O aniversário judaico é o dia perfeito para reflexão sobre nossas vidas como judeus e um tempo auspicioso para tomar novas decisões quanto à pratica de boas ações e para aprofundarmos nosso compromisso com a Torá e sua influência em nossas vidas.
Em nosso aniversário judaico, costumamos nos reunir com a família e amigos para celebrá-lo da forma judaica. Na celebração, devemos dizer uma bênção de agradecimento a D'us, dar dinheiro extra para tzedaká e estudar Torá.

O QUÊ ACONTECEU NO SEU NASCIMENTO?

Desde quando homens e mulheres vêm nascendo, eles têm tido aniversários. Festas de aniversário não são tão antigas, mas datam de pelo menos 3500 anos (o livro de Bereshit menciona um banquete em honra do aniversário de um Faraó no ano de 1534 aec). O interessante sobre as celebrações de aniversários é que, ao longo de nossa história, elas não eram um costume muito "judaico".

Isto não quer dizer que não haja fontes na Torá para o conceito de aniversário. O Talmud fala de quão especial é a data de nascimento de alguém como um momento de fortalecimento e oportunidade para ele ou para ela. Um dos mais importantes dias do ano judaico é Rosh Hashaná, o aniversário de Adam – e da humanidade. Mas, como regra, os judeus não comemoravam seus aniversários. De fato, enquanto os dias de falecimento (Yohrtzeit) das grandes figuras da história judaica são registrados e comemorados, suas datas de nascimento são geralmente desconhecidas.

O Rei Salomão deu voz a esta atitude quando disse: "Melhor o dia da morte do que o dia do nascimento" (Eclesiastes 7:1). Isto parece uma visão negativa da vida. Mas, depois de uma contemplação mais profunda, isto, de fato, expressa a atitude judaica clássica de que a "ação é a coisa suprema" – que a verdadeira realização, em vez do conceito, teoria ou potencial, é o que importa.

A criança recém-nascida pode estar repleta de genialidade e talento – mas ele ou ela ainda não fez nada com sua vida. Então, o quê há para celebrar? Quem pode saber se seu potencial se realizará? Ou que sua vontade será realizada em direção ao bem e objetivos de D'us?

O dia de falecimento de alguém, por outro lado, é o ápice de sua missão na vida. É quando a soma total de suas realizações vem para a realidade, para exercer suas influências combinadas em nossas vidas. É por isto que o Yohrtzeit de uma grande pessoa é uma ocasião tão especial: quando celebramos uma vida, nós o fazemos em seu momento de maior impacto sobre o mundo.

Mas, também, se nós fossemos atribuir importância ao puro potencial, o aniversário tampouco seria a época de celebrarmos a vida. Semanas e meses antes do feto emergir do ventre, ele tem mãos e pés, um coração pulsante e um cérebro pensante. Se fossemos celebrar a criação de um novo potencial, a época para isto seria anterior ao aniversário, talvez o momento da concepção.
Se você estiver pensando em celebrar o seu aniversário, terá de perguntar: Sim, eu nasci, mas o quê aconteceu?

Albert Einstein é conhecido por ter comentado que "A ilusão de que somos separados um do outro é uma ilusão óptica de nossa consciência". Você olha para você mesmo e você olha para mim, e você vê duas entidades. Mas a matéria não é verdadeiramente "sólida" ou compactada nos corpos; é um grande amálgama de pontos infinitesimais, cada um exercendo uma rede complexa de forças e contra forças em seus companheiros. Um "ser humano" não é mais ou menos uma entidade distinta do que um átomo em seu corpo, o planeta que ela habita ou o universo como um todo.

Fisicamente falando, não há uma divisão real entre seu corpo e o meu. Mas há uma realidade mais profunda do que aquela descrita pelas leis da Física. No coração da visão da Torá sobre a vida está a idéia que de que cada ser humano individual tem uma alma – uma identidade espiritual distinta e uma distinta missão na vida.

Isto é o que foi criado no dia do seu nascimento. Não sua existência física, não sua vitalidade, não seu potencial espiritual. O feto existe, está vivo, pensa e sente. Mas ele é definido pelas leis da Torá como "um membro de sua mãe". Não é uma entidade distinta, algo por si só. O nascimento marca o momento no qual o corpo recebeu e se fundiu com sua alma, o ponto no qual você conquistou sua individualidade.

Em tempos recentes, o aniversário foi reinstituído como uma importante ocasião tanto espiritual quando do ponto de vista judaico. O Lubavitcher Rebbe anterior (Rabbi Yosef Yitzchak Schneerson, 1880-1950) promoveu a celebração do 18 de Elul, o nascimento de duas grandes figuras do movimento chassídico: Rabbi Israel Baal Shem Tov, fundador do Chassidismo, e o Rabbi Schneur Zalman de Liadi, fundador de seu ramo Chabad. Hoje, tornou-se um costume difundido entre os judeus – particularmente entre os chassidim – comemorar os aniversários dos tzaddikim e líderes, e designar o próprio aniversário como um momento de introspecção e celebração.

Não é por acidente que o renascimento do aniversário esteja misturado ao renascimento do Chassidismo. Uma das mensagens centrais do Baal Shem Tov e seus discípulos é a própria mensagem do aniversário:
"Vocês, como indivíduos" , disseram os Mestres Chassídicos, "são especiais, únicos e absolutamente indispensáveis. Nenhuma pessoa viva, nenhuma pessoa que já viveu e nenhuma pessoa que ainda viverá podem cumprir o papel específico na criação de D'us que lhe foi confiado".

COMO NÓS DEVEMOS CELEBRAR NOSSO ANIVERSÁRIO?

É bom ser grato pelo que você tem na vida e pelo que você já alcançou. Mas, abra seus olhos para a figura maior. Se nós devemos apreciar os frutos da vida, devemos primeiro apreciar a árvore que carrega os frutos: o próprio nascimento.

O nascimento é o seu início. É uma janela para a chance de toda uma vida, a chance de cumprir sua missão tão especial. Assim, um aniversário é uma ocasião muito importante, para ser comemorado da mesma forma como uma nação comemora seu nascimento ou como uma organização celebra sua fundação. Entretanto, é muito mais que uma ocasião para recebermos presentes. É uma chance de lembrar o dia em que ocorreu um importante evento, para celebrar e agradecer e para refletir sobre como nós vamos atender ao nosso chamado.

Por que o tempo é como uma espiral, algo especial ocorre no seu aniversário a cada ano. A mesma energia que D'us investiu em seu nascimento está mais uma vez presente. É nosso dever estarmos receptivos àquela força. Como fazemos isto? Comprometendo-nos a uma vida guiada pela vontade de D'us e usando todas as nossas habilidades e recursos com os quais nascemos para nos aperfeiçoarmos e à sociedade e para fazermos do mundo uma moradia boa e sagrada para D'us.

Um aniversário é um tempo para celebrar o próprio nascimento, a alegria da vida. É também uma ocasião para repensar sua vida: Quão grande é a disparidade entre o que eu já consegui alcançar e o que eu ainda posso alcançar? Estarei usando meu tempo de forma adequada ou estarei envolvido em coisas que me distraem do meu chamado maior? Como poderei fortalecer a corda que conecta minha vida exterior e minha vida interior?
Um aniversário também pode nos ensinar o conceito de renascimento. Lembrar de nosso nascimento é lembrar um novo começo. Não importa como as coisas foram ontem ou no ano passado, nós sempre temos a capacidade de tentar de novo. Seu aniversário é algo novo, uma chance para regeneração – não apenas materialmente, mas também espiritualmente.

Em seu aniversário, reúna-se com a família e amigos e estudem, juntos, algo importante.

Não há forma melhor de celebrar um aniversário do que se comprometendo com um ato especial de bondade. É muito fácil dizer que você está agradecido, mas é muito melhor mostrá-lo praticando uma boa ação, algo que você não fez ontem. Não porque alguém o está forçando. Não porque alguém sugeriu. Mas simplesmente porque sua bondade interior, sua alma, quer expressar seu agradecimento por ter nascido e por estar viva.

Um ato de bondade como este dá prazer a D'us porque Ele vê que a criança na qual ele investiu, aquela criança em particular que Ele queria que nascesse em um determinado dia, está vivendo à altura de seu potencial. E nada, claro, dá a um pai maior prazer. Esta é a verdadeira experiência do nascimento, o verdadeiro início de uma vida de significado.

HÁ UMA MANEIRA JUDAICA DE CELEBRAR MEU ANIVERSÁRIO?

Claro. Há uma maneira judaica para tudo!

Eis algumas idéias a serem implementadas no dia de seu aniversário segundo o calendário judaico (na Internet, você encontrará vários sites onde poderá converter sua data de nascimento para o calendário judaico.
Por exemplo, em http://www.chabad.org/calendar/birthday_cdo/aid/6228/jewish/Jewish-Birthday.htm

Dar tzedaká deve ser um acontecimento diário. Em seu dia especial, aumente a quantidade de sua contribuição, especialmente antes das rezas da manhã e da tarde. Se seu aniversário coincidir com o Shabat ou com algum Yom Tov, quando nos é proibido manusear dinheiro, dê a tzedaká extra tanto antes quanto depois da data.

Dedique algum tempo extra rezando, concentrando-se na meditação e nas palavras das rezas.

Recite tantos Tehilim (Salmos) quanto possíveis. Idealmente você deve completar pelo menos um dos cinco livros (os Salmos estão divididos em cinco livros).

Estude o Salmo que corresponde ao seu próximo ano. Isto corresponde à sua idade mais 1 – p.ex., Salmo 25 se este é seu 24º aniversário. Este também é o Salmo que você deve tentar recitar todos os dias até seu próximo aniversário.

Dedique algum tempo para meditar sobre seu ano passado. Considere quais áreas precisam melhorar e decida-se a fazê-lo.

Estude algo extra de Torá hoje.
Estude uma idéia chassídica e a repita em uma reunião em honra ao seu aniversário.
Compartilhe uma nova fruta que você ainda não tenha experimentado durante a estação e recite a bênção de Shehecheyanu [1].
Dedique algum tempo para ensinar a outros algo sobre Torá e Judaísmo.

Comprometa-se a praticar uma determinada mitsvá. Escolha algo prático e factível! (São 613 mitsvót! Você certamente encontrará uma).

Homens e meninos que já tenham feito Bar Mitsvá: No Shabat anterior à data judaica de seu aniversário, consiga uma aliyah (subida á Torá) na sinagoga. Se o aniversário coincidir com um dia em que a Torá é lida, assegure-se de conseguir uma aliyah também naquele dia.

UMA VIDA PRECISA

E Moisés foi e falou as seguintes palavras a todo Israel. E ele disse a eles: "Eu tenho 120 anos hoje...".

Devarim 21:1-2

Hoje, meus dias e anos foram completados; neste dia, eu nasci e, neste dia, eu morrerei... Isto é para nos ensinar que D'us completa os anos do justo ao dia e ao mês, como está escrito (Shemot 23:26): "Eu completarei o número de teus dias".

Rashi, ibid.; Talmud, Rosh Hashanah 11a

Um ano é mais do que uma quantidade de tempo: é um ciclo, uma seqüência de transições que segue seu curso somente para repetir-se de novo e de novo. No nível físico, um ano marca o término do ciclo solar e a repetição da seqüência de estações e ciclos de vida que ele provoca. No nível espiritual, cada ano traz uma repetição das várias influências espirituais reveladas pelas festividades (liberdade em Pessach, alegria em Sucot, etc.) em suas posições fixas no calendário judaico.

A palavra hebraica para "ano", shanah, significa tanto "mudança" quanto "repetição". Pois o ano é uma materialização de toda gama de transformações que constituem a experiência humana. Cada ano de nossas vidas somente repete este ciclo, apesar de em um nível maior ao qual o conteúdo de maturidade e realização de um ano tenha nos elevado. Em outras palavras, podemos dizer que todos nós vivemos nossa vida por um ano e, então, a revivemos tantas vezes quanto nos é permitido, cada vez em um nível mais elevado, como uma espiral que repete o mesmo caminho em cada revolução, mas em um plano mais alto.

Nisto reside a importância de uma vida que é "plena" no sentido de que ela consiste de ano civis completos. Moisés nasceu em 7 do mês judaico de Adar e faleceu na mesma data, como foi o caso de um número de outros tzaddikim (indivíduos perfeitamente justos).

O mundo que habitamos tem tanto uma dimensão física quanto espiritual. Apesar destas serem as duas faces de uma mesma realidade, nem sempre uma é a exata imagem da outra. Assim, existem muitos tzaddikim cujas vidas foram "plenas" no sentido espiritual – em que o potencial em cada um de seus dias e momentos foi realizado da melhor forma – todavia, esta "plenitude" não encontrou expressão nas datas de seu nascimento e falecimento. Fisicamente, seu último ano na terra foi "incompleto". Mas, então, houve aqueles grandes homens e mulheres cujas vidas físicas foram um vaso cristalino de seu conteúdo espiritual, refletido no fato de que "D'us completou seus anos ao dia e ao mês".

[1] Baruch Atá A-do-nai E-lo-hê-nu Mélech Haolám Shehecheyánu Vekiyimánu Vehigiánu Lizmân Hazé (Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época).

domingo, 16 de outubro de 2016

As Quatro Espécies de Sucot e o que nos ensinam


Um dos principais mandamentos da festa de Sucot diz respeito às Quatro Espécies: Lulav, Etrog, Hadáss e Aravá. Cumprimos esse mandamento porque a Torá assim nos ordena. O fato de entendermos a razão para o seu cumprimento – e por que devemos reunir e segurar essas quatro espécies – tem importância secundária. A importância primária é a percepção de que fazê-lo é cumprir a Vontade de D-us.


No entanto, a Torá nos estimula a descobrir o significado de seus mandamentos. A raiz da palavra Torá é Hora’á – ensinamento. Cada passagem, lei e mandamento da Torá oferece ensinamentos atemporais e universais.
O mandamento das Quatro Espécies de Sucot é um dos mais enigmáticos no Judaísmo. No entanto, transmite muitas lições, especialmente à luz dos ensinamentos do Midrash sobre o simbolismo de cada uma das espécies.
Segundo o Midrash, o Lulav – a folhagem fechada da palmeira, que é a mais alta das quatro espécies – simboliza o estudioso da Torá: o judeu que passa a maior parte de seu tempo estudando os livros sagrados. Essas pessoas geralmente levam uma vida isolada: passam a maior parte de seu tempo na sinagoga, na ieshivá e nas escolas – estudando e ensinando Judaísmo. Como a maior parte de seu tempo, energia e recursos são dedicados a estudar e a ensinar a Torá, eles muito dificilmente deixarão sua Torre de Marfim para realizar um grande número de boas ações.  Pouquíssimos dentre eles têm os recursos financeiros para promover grandes atos de benemerência. Muito raramente o rabino de uma sinagoga é quem a mantém financeiramente.
É muito raro que um grande erudito em Torá tenha os meios de fundar e financiar escolas e ieshivás, de doar grandes somas a hospitais e refeitórios públicos. Muitos desses eruditos nem passam muito tempo rezando: sua missão na vida é absorver o máximo possível da Torá – a Vontade e a Sabedoria Divina – para depois transmitir o que aprenderam por meio de palestras, livros e aulas.
Vale ressaltar que nem todos os judeus personificados pelo Lulav são iguais: um pode ser um grande Sábio e Cabalista, enquanto outro pode ser um professor. Mas, essencialmente, todos eles estão engajados na mesma atividade: por meio de seu estudo, servem de canal para trazer à Terra a Sabedoria Divina, ajudando, assim, a difundi-la entre outros.
Hadáss – ramo da árvore de murta – é outro elemento das Quatro Espécies. De certa forma, é a contraparte do Lulav: um possui o que falta ao outro. O Hadáss representa o judeu que não tem tanta inclinação intelectual ou que simplesmente é muito ocupado para passar horas a fio estudando a Torá. Personifica os judeus que são homens de ação: líderes comunitários, jornalistas, empresários, profissionais, filantropos e ativistas. É raro encontrarmos pessoas desse tipo que tenham tempo de passar muitas horas estudando a Torá. Eles são muito ocupados trabalhando ou realizando boas ações para poderem passar dias e noite estudando o Talmud ou mergulhando nos segredos da Cabalá. O Hadáss é o judeu que se ocupa ajudando os demais. Ele pode ser um médico que salva vidas, um cientista que pesquisa a cura das doenças, o soldado que ajuda a proteger os cidadãos de Israel ou o empresário que fornece produtos ou serviços que melhoram nosso mundo. A maioria dos judeus se enquadra nessa categoria. Não importa se a pessoa faz um pequeno donativo mensal para os necessitados ou doa e subsidia sinagogas, escolas e hospitais – se é membro do governo de Israel ou líder de um clube judaico local. O que importa é que a pessoa doa seu tempo ou seus recursos em benefício de outros seres humanos.  
Etrog – a cidra amarela, outra das Quatro Espécies – representa o judeu que é um erudito em Torá e um homem de grandes feitos. Tais pessoas são muito raras, mas existem. O Rabi Yehudah HaNassi, conhecido no Talmud como Rebi, foi o maior erudito de sua geração. Foi quem transcreveu a Mishná, resumo da Torá Oral. Ele também era o homem mais rico de Israel e amigo íntimo do imperador romano, à época, Marco Aurélio Antonino. Rebi passava seus dias estudando e ensinando a Torá – e ao transcrever aMishná, garantiu que a Torá Oral nunca se perdesse. Ao mesmo tempo, Rebi usou sua fortuna e influência para melhorar a vida do Povo Judeu, cujos membros viviam na Terra de Israel sob ocupação romana. 
Rabi Yehudah HaNassi foi um homem singular na História Judaica, mas houve e há algumas pessoas extraordinárias que foram abençoadas com os poderes intelectuais e espirituais de se tornarem eruditos em Torá e com os recursos financeiros para realizar grandes atos de benemerência. A Torá chama o Etrog de um belo fruto, e pode-se compreender por que: a pessoa que é tanto um estudioso quanto um líder comunitário é uma bela pessoa, completa.
A quarta espécie é o Aravá – um ramo folhoso do salgueiro. Representa o judeu que não é um estudioso nem tampouco um líder ou benfeitor – alguém que não tem riqueza espiritual nem material. Enquanto as três outras espécies representam judeus que possuem e doam algo de si – sabedoria, riqueza ou influência – o Aravá representa aquele que não dispõe desses atributos e, portanto, necessita recebê-los de terceiros. Aparentemente, o Aravá é o oposto do Etrog.
À primeira vista, ninguém ia querer ser um Aravá e todos gostariam de ser um Etrog. No entanto, na falta do Aravá, o mandamento das Quatro Espécies não pode ser cumprido. Essa espécie não pode ser substituída por nenhuma das outras. Podemos possuir osEtroguim mais belos e um lindo campo de Lulavim e de Hadassim de onde escolher, mas se faltar o Aravá, não podemos cumprir o mandamento da Torá.
Deve-se notar, também, que a bênção feita sobre as Quatro Espécies menciona não o Etrog, mas o Lulav: termina com as palavras “al netilat Lulav”, e não “al netilat Etrog”. Em vista do que dissemos acima, seria de esperar que o Aravá fosse desnecessário para o cumprimento do mandamento e que a bênção fosse feita sobre o Etrog, que representa o judeu em sua totalidade.  Por que, então, é o Aravá uma das Quatro Espécies e por que é necessário para o cumprimento da mitzvá? E, ainda, por que a bênção menciona oLulav e não o Etrog? As respostas a essas perguntas nos ensinam importantes lições sobre o judaísmo e sobre como nos devemos relacionar com outros judeus.

SUCOT




Um período alegre é iniciado com a festa de Sucot, compensando o solene período de Rosh Hashaná e Yom Kipur.
Há mitsvot nas quais utilizamos apenas algumas partes de nosso corpo, por exemplo: a mitsvá de tefilin, filactérios, que envolve o braço e a cabeça; tefilá, prece, envolve a mente e o coração e assim por diante. Em Sucot, temos uma mitsvá (preceito) singular, que é a construção de uma sucá; a única mitsvá que literalmente envolve a pessoa de corpo inteiro, com suas vestes materiais.
A sucá nos lembra das Nuvens de Glória que rodearam nosso povo durante sua peregrinações pelo deserto a caminho da Terra Prometida. Todos então viram a especial proteção Divina, que D'us lhes concedeu durante aqueles anos difíceis. Mas embora as Nuvens de Glória desaparecessem no quadragésimo ano, na véspera da entrada na Terra de Israel, nunca cessamos de acreditar que D'us nos dá Sua proteção, e esta é a razão de termos sobrevivido a todos nossos inimigos em todas as gerações.
A sucá
Para que o judeu não se esqueça de seu verdadeiro propósito na vida, D'us, em Sua infinita sabedoria e bondade, nos faz deixar nossas casas confortáveis nesta época, para habitar numa frágil sucá, cabana, por sete dias.
A sucá nos lembra que confiamos em D'us para nossa proteção, pois a sucá não é nenhuma fortaleza, nem ao menos fornecendo um telhado sólido sobre nossa cabeça. Lembra-nos também de que a vida nesta terra é apenas temporária.
As refeições na sucá
Durante a festa de Sucot, os homens devem comer diariamente numa sucá (cabana) especialmente construída para este fim. Nestes sete dias, não é permitido comer fora da sucá qualquer refeição que contenha pão ou massa. Há aqueles que não costumam beber nem ao menos um copo de água fora da sucá.
Nos primeiros dois dias e noites da festa, o kidush, prece sobre o vinho, antecede a refeição. Nas duas primeiras noites, é obrigatório comer na sucá ao menos uma fatia de pão (além do kidush), mesmo que esteja chovendo. Nos outros dias, se chover, é permitido fazer as refeições dentro de casa.
Confiança em D'us
Refletir sobre a sucá nos dá uma ampla visão do significado de fé em D'us e da extensão de Sua Divina Providência. Vamos para a sucá durante a Festa da Colheita depois de haver colhido o fruto dos campos.
Se uma pessoa recebeu a bênção Divina e sua terra produziu com fartura, seus estoques e adegas estão repletos, alegria e confiança preenchem seu espírito - aí a Torá a leva a abandonar a casa e residir em uma frágil sucá, para ensina-la que nem riquezas, nem posses, nem terras são proteções na vida; somente D'us é que sustenta, mesmo os que habitam em tendas e cabanas e oferece uma proteção de confiança.
E se alguém está empobrecido e seu trabalho não conheceu a bênção Divina; se a terra não deu o seu produto, se o fruto da árvore não foi armazenado em celeiros e se está incerto e temeroso ao encarar o perigo da fome nos dias de inverno que se aproximam, também encontrará repouso para seu espírito na sucá.
Lembrará como D'us hospedou-nos em Sucot no deserto; nos sustentou e nos abasteceu, não nos deixando faltar nada.
A sucá o ensinará que a Divina Providência é segurança melhor do que qualquer bem material, pois não abandona os que verdadeiramente crêem em D'us. A sucá o ensinará a ser forte e corajoso, feliz e tranqüilo, mesmo na aflição e na dificuldade.
Aos judeus foi ordenado trocarem suas moradas por Sucot (cabanas) no dia 15 do sétimo mês do calendário judaico, Tishrei, em lembrança às Sucot nas quais D'us os instalou quando saíram do Egito. Entretanto pode-se perguntar: o Êxodo do Egito ocorreu em Nissan; seria, portanto, mais adequado lembrar o evento na sua época original - Nissan. Por que fomos ordenados a observar Sucot em Tishrei? Inúmeras razões foram dadas.
Durante Nissan, mês da primavera em Israel, o clima fica mais quente, usualmente saímos para ficar em cabanas. E é exatamente em Tishrei que as pessoas voltam a ficar em casa devido às chuvas e ao frio das noites. Portanto, quando neste período os judeus residem em tendas, fica claro perante todos que isto está sendo feito para servir a D'us e cumprir Sua vontade, como está escrito: "A fim de que as gerações saibam."
Nossos sábios também responderam à pergunta por que observamos Sucot depois de Yom Kipur: Em Rosh Hashaná D'us julga todos os habitantes do mundo; em Yom Kipur Ele sela o julgamento. E uma vez que possa ter sido decretado que Israel vá ao exílio, erigimos a sucá.
Outras razões foram apontadas pelas autoridades judaicas. Não comemoramos as nuvens de glória que rodearam o povo judeu quando da saída do Egito, uma vez que desapareceram com o pecado do bezerro de ouro. Comemoramos somente as nuvens de glória que retornaram - depois de Yom Kipur - e que continuaram durante os quarenta anos de permanência do povo no deserto.
Depois de Israel ter pecado com o bezerro e do desaparecimento das nuvens de glória, Moshê (Moisés) subiu aos Céus três vezes. Ao descer pela terceira vez, trouxe para Israel a mitsvá de erigir o Mishcan - Tabernáculo, como uma prova de que D'us havia se reconciliado com o povo e a partir de então iria habitar em nosso meio.
Em Yom Kipur, Moshê desceu do monte. No dia seguinte, está escrito: "Moshê reuniu toda a congregação dos filhos de Israel e disse... tomai de vós uma oferenda para D'us." Nos dois dias seguintes - dia 12 e 13 de Tishrei - eles trouxeram suas contribuições. No dia 14 de Tishrei, os artesãos que construíram o Mishcan receberam todas as contribuições de Moshê. No dia 15, começou a construção e, então, as nuvens de glória retornaram e formaram uma sucá - uma cobertura protetora - sobre o acampamento de Israel.
Conseqüentemente, determinou-se que ficássemos em tendas naquele dia. Da mesma maneira que D'us, por assim dizer, deixou os Céus e fez Sua Presença repousar no seio dos filhos de Israel, assim Israel mostra a D'us que também deixam suas casas e permanecem com Ele, numa sucá - na sombra protetora de Sua fé.
Durante os Dias de Reverência, de Rosh Hashaná a Yom Kipur, Israel pede perdão pelos pecados de todo o ano. Mas apesar do arrependimento ser aceito e os pecados perdoados, ainda nos preocupamos com pecados no passado. Normalmente, uma pessoa arrependida se sente como se não pudesse encontrar lugar no mundo. D'us então nos diz: "Desde que não conseguem encontrar um lugar, devido ao seu sentimento de culpa, Eu lhes farei um lugar. Venha a Mim e encontre proteção na Minha sombra - na sucá da Minha paz."
Culinária :
Ingredientes

  • 1 etrog grande
  • 1 laranja
  • 1 grapefruit
  • 3 xícaras de açúcar
Preparo
Lave as frutas, corte na metade e remova as sementes. Corte-as em pedaços de 3cm. Coloque numa tigela com água suficiente para cobrir. Cubra com filme plástico, e deixe de molho por uma noite.
No dia seguinte, transfira as frutas e a água para uma panela. Deixe ferver sem tampar por 30 minutos. Escorra em peneira fina, e transfira as frutas para uma xícara de medida. Você deverá obter 3 xícaras. Coloque no processador e pulse por três a quatro vezes. Transfira para a panela. Adicione uma xícara de açúcar para cada xícara da polpa. Leve ao fogo, mexendo constantemente, até dissolver o açúcar. Deixe ferver descoberto por 30 minutos, mexendo freqüentemente, até que a geléia engrosse. Despeje em vidros esterilizados, cubra e após esfriar, ponha na geladeira.
Benção SUCOT na abertura da cabana 
Ao ingerir na sucá ao menos 57,6 g de pão ou bolo ou tomar 86 ml de vinho, acrescente a seguinte bênção à bênção do alimento:
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu leshev bassucá.
Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos, e nos ordenou morar na sucá.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Shir hamaalot

Shir hamaalot, hinê barechú et Adonai col ovdê Adonai, haomedim bevêt Adonai balelot. Seú iedechém códesh uvarechú et Adonai. Ievarechechá Adonai mitsión, ossê shamáyim vaárets.
Adonai tsevaot imanú, misgav lánu Elohê Iaacov sela. (3 vezes)
Adonai tsevaot, ashrê adam botêach bach (3 vezes)
Adonai hoshía, hamélech iaanênu veiom cor’enu. (3 vezes)
Hoshía et Amêcha et nachalatêcha ureem venessem ad olam. Mi yiten mitsioniesshuat Yiesrael beshuv Adonai shevut amo, iaguel Iaacov, yismach Yisrael. Beshalom iachdav eshkeva veisham, ki ata Adonai levêtach toshivêni. Ioman Ietsavê Adonai chasdo, uvalaila shiró imi, tefila leel chaiai. Uteshuat tsadikim meadonai, mauzam tsara. Vaiazerem Adonai vaiefaltem mereshaim veioshiem ki chássu vo.
Cântico dos degraus Eis aqui, Bendizei ao Eterno, todos vós, servos do Eterno, que assistis na casa do Eterno nas noites. Levantai as vossas mãos com santidade, e bendizei ao Eterno. Abençoe-te desde Tsión, o Eterno que fez o céu e a terra.

Shemá Yisrael

Shemá Yisrael, A-do-nai E-lo-hê-nu, A-do-nai Echad.
(Em voz baixa:) Baruch shem kevod malchutô leolam vaed. (descobrem-se os olhos)

Veahavtá et A-do-nai E-lo-hê-cha, bechol levavechá uvchol nafshechá, uvchol meodêcha. Vehayu hadevarim haêle, asher Anochi metsavechá hayom, al levavêcha. Veshinantam levanêcha vedibartá bam, beshivtechá bevetêcha, uvlechtechá vadêrech uvshochbechá uvcumêcha. Ucshartam leot al yadêcha vehayu letotafot ben enêcha. Uchtavtam al mezuzot betêcha uvish’arêcha.

Ouve, Israel, A-do-nai é nosso D-us, A-do-nai é Um.

(Em voz baixa:) Bendito seja o nome da glória de Seu reino para toda a eternidade.

Amarás a A-do-nai, teu D-us, com todo teu coração, com toda tua alma e com todo teu poder [tuas posses]. Estas palavras que Eu te ordeno hoje ficarão sobre teu coração. Inculca-las-ás diligentemente em teus filhos e falarás a respeito delas, estando em tua casa e andando por teu caminho, e ao te deitares e ao te levantares. Ata-las-ás como sinal sobre tua mão e serão por filactérios entre teus olhos. Escreve-las-ás nos umbrais de tua casa e em teus portões.

1. Bênção Avot (dos Patriarcas)

Baruch ata Adonai, Elohênu velohê avotênu, Elohê Avraham, Elohê Yitschac, velohê Iaacov, hael hagadol haguibor vehanora, El elion, gomel chassadím tovím, veconê hacól, vezochêr chasdê avot, umeví goel livnê venehêm lemaan shemó beahavá.

Entre Rosh Hashaná e Iom Kipur acrescenta-se:
Zochrênu lechayim, melech chafets bachayim, vechotvênu bessefer hachayim, lemaanchá Elohim chayim.
Melech ozêr umoshía umaguên. Baruch ata Adonai, maguen Avraham.

Bendito sejas Tu, Adonai, nosso D’us e D’us de nossos pais, D’us de Abraão, D’us de Issac e D’us de Jacob; o Grande, o Poderoso e Temido D’us. Altíssimo D’us que concede boas mercês, que possui tudo e recorda a piedade dos patriarcas, e que com grande amor fará vir um Redentor aos descendentes desses patriarcas, por amor do Seu Nome.

Zochrênu
Lembra-Te de nós para a vida, ó Rei que amas tudo o que tem vida, e inscreve-nos no livro da vida pelo amor de Ti mesmo, que és o D’us da vida.

Melech
Ó Rei, Auxiliador, Salvador e Escudo! Bendito sejas Tu, Adonai, Escudo de Abraão.

SHACHARIT


SHACHARIT SERVIÇO DA MANHÃ

Ao despertar do sono, cada pessoa deve refletir imediatamente, que o Rei dos reis, o Santo, bendito seja Ele, cuja Glória enche toda a terra, está sobre si e observa seus atos, com está escrito: “Esconder-se-ia alguém em esconderijos, e Eu o céu e a terra? diz o Eterno”. Assim, deve cumprir o que foi dito pelo grande salmista de Israel (Rei David):

Shiviti Adonai lenegdi tamid

“Tenho posto sempre o Eterno diante de mim”

E deve agradecer a Deus por haver-lhe devolvido sua alma, e dizer:

Modê (mulheres: MODÁ) ani lefanêcha melech chai vecaim Shechechezárta bi nishmatí bechemlá, rabá emunatêcha.

Dou graças perante Ti, ó Rei vivo e existente, que devolveste a minha alma com piedade, grande é a nossa fé em Ti.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

As dezoito bênçãos da Amidá

As dezoito bênçãos (Shemoneh Ezreh) são também chamados de "A Amidá" ou a oração que é dita em pé de frente para Jerusalém, a maioria dos quais é dito em silêncio. A Amidá é usado durante o sábado e dias santos de serviços, bem como no serviço diário. Você pode encontrar uma cópia em livros mais qualquer livro de oração tradicional chamado Sidur e está disponível a partir de múltiplas fontes.
Quanto ao número de bênçãos, há bênçãos ao invés de realmente dezenove Shemoneh Esreh
As três primeiras bênçãos estando as crenças fundamentais do Judaísmo no único e verdadeiro criador D'us;

1. Grande D'us de História
2. Grande D'us da natureza
3. O Grande D'us que santifica
As bênçãos intermediárias 15/04 são petições. 09/04 são de natureza pessoal;
4. para a compreensão
5. arrependimento
6. perdão
7. Libertação da aflição
8. cura
9. Libertação da quiser.

As bênçãos 10o ao 15o são petições nacional;

10. Para a reunião de Israel
11. O reinado justo de D'us
12. Contra caluniadores, informantes e traidores
13. Para os justos
14. A reconstrução de Jerusalém
15. O rei Messiânico.

16-18 são bênçãos sobre serviço para H'Shem:

16. Audiência de Oração
17. O Serviço do Templo
18. Ação de graças pela misericórdia de D'us.
19. Grande Paz

1. Grande D'us da História

O Eterno, abri meus lábios, e a minha boca anuncie vossos louvores.
Bendito és tu, ó Senhor, nosso D'us e D'us de nossos pais, D'us de Abraão, D'us de Isaac e D'us de Jacó, o D'us grande, poderoso e venerado, o D'us Altíssimo, que outorga benignidade, e o Mestre de todas as coisas; quem se lembra dos atos piedosos dos patriarcas, e no amor trará um redentor para os filhos de seus filhos por causa do teu nome.

2. Grande D'us da Natureza
[Durante os Dez Dias de Arrependimento dizer: Lembre-se de nós para a vida, ó rei, que se deleita na vida, e enscreve-nos no livro da vida, para nosso próprio bem, ó vida a D'us.]
O Rei, Auxiliar, Salvador e Escudo. Bendito és tu, ó Eterno, o Escudo de Abraão.

Tu, ó Eterno, é poderoso para sempre, Tu revive os mortos, Tu é poderoso para salvar.

[A partir do dia após Simchat Torah até a véspera da Páscoa, diga: Tu fazes com que o vento a soprar e a chuva a cair.]

Tu sustentas a vida com benignidade, ressuscitar os mortos com grande misericórdia, suporte a queda, cura os doentes, sem o limite, e mantem a sua fé para os que dormem no pó. quem é como Tu, Eterno dos atos poderosos, e quem se assemelha a ti, ó rei, que a morte ordenas e restaura a vida, e faz com que a salvação venha a brotar?

[Durante os dez dias de arrependimento dizer: Quem é como Tu, Pai de misericórdia, que em misericórdia se lembra de suas criaturas para a vida?]

Sim, tu és fiel para ressuscitar os mortos. Bendito és tu, ó Eterno, que ressuscita os mortos.

3. D'us que santifica.
Leitura responsiva:
Vamos santificar Seu nome no mundo assim como ele é santificado no mais alto dos céus, como está escrito pela mão do seu profeta:

E chamam ums aos outros e disse:

Santo, santo, santo é o S-nhor dos exércitos: Toda a terra está cheia da sua glória.
Aqueles com mais contra eles dizem: Bem-aventurados ...
Bendita seja a glória do S-nhor do seu lugar.
E em suas palavras Santa está escrito, dizendo:
O Eterno reinará para sempre, teu D'us ó Sião, todas as gerações. Louvai ao Eterno.
De geração em geração vamos declarar sua grandeza, e por toda a eternidade vamos proclamar Sua santidade e Seu louvor, ó nosso D'us, não deve afastar a nossa boca para sempre, para o seu D'us são um grande e santo e rei. Bendito és tu, ó Eterno o santo D'us Grande. [Durante os dias de Arrependimento concluir a Bênção:. --- O rei santo]

4. Oração pela compreensão.
Tu és a favor do homem com o conhecimento e ensina a compreensão a mortais. Favorecer-nos com conhecimento, entendimento e discernimento de ti. Bendito és tu, ó Eterno, Doador da graça de conhecimento.

5. Oração de arrependimento
Causa-nos a voltar, nosso Pai, até sua Torah; chamar-nos próximo, nosso Rei, até seu serviço, e nos trazer de volta em arrependimento perfeito para a vossa presença. Bendito és tu, ó Eterno, que se deleita nos arrependimentos.

6. Oração para o perdão
Perdoa-nos, nosso Pai, porque pecamos; perdoar-nos, o nosso Rei, porque temos transgredido;
[Em dias de jejum, Selichot são inseridos aqui.]

Tu fazes do perdão e perdoa. Bendito és tu, ó Eterno, que é misericordioso, e Tão abundantemente perdoar.

7. Oração pela libertação da aflição
Olhar para a nossa aflição e pleitear a nossa causa, e resgata-nos rapidamente por causa do teu nome, porque Tu és um poderoso Redentor. Bendito és tu, ó Eterno, o Redentor de Israel. [Em dias de jejum o Leitor diz que "responde-nos, ó Senhor, responde-nos neste dia de jejum da nossa humilhação, pois estamos em grande dificuldade Não declines nem para a nossa maldade;. Esconder seu rosto, não de nós, e se esconder Não-se da nossa súplica Seja próximo, Tu, até o nosso grito;. deixe sua benignidade ser um conforto para nós, mesmo antes de chamar a Ti responde-nos, conforme é dito, E será que aconteceu que, antes de eles chamam, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouço, porque Tu, ó Eterno, é Ele que responde no tempo da angústia, que livra e salva, em todos os momentos de angústia e aflição, o rei santo. "]

8. Oração para a Cura
Cura-nos, ó Eterno, e seremos curados; nos salvar e nós seremos salvos, porque Tu és o nosso louvor. Concede uma cura perfeita para todas as nossas feridas; [Você pode adicionar uma oração para os enfermos aqui] para Tu, todo-poderoso rei, és um médico fiel e misericordioso. Bendito és tu ó Senhor, que cura os enfermos do teu povo Israel.

9. Oração para a Libertação da quiser
Abençoe este ano para nós, ó Eterno nosso D'us, juntamente com todo o tipo do produto, para o nosso bem-estar; [De 04 de dezembro até a Pesach: orvalho e chuva para] uma bênção sobre a face da terra. O satisfazer-nos com sua bondade, e abençoe nosso ano como outros bons anos. Bendito és tu, ó Eterno, que abençoa o ano.

10. Oração para a reunião de Israel
Buzinar grande para a nossa liberdade e levantar a bandeira para reunir nossos exilados, e congrega-nos dos quatro cantos da terra. Bendito és tu, ó Eterno, que reúne os dispersos do teu povo Israel.

11. Oração para o reino justo de D'us
Restaura os nossos juízes como em épocas anteriores, e os nossos conselheiros, como no início; remove de nós a tristeza e o gemido; reina sobre nós, ó S'nhor, só Tu, em benignidade e misericórdia, e claro nós em juízo. Bendito és tu, ó Eterno, o Rei que ama a justiça e o juízo. [Durante os Dez Dias de Arrependimento dizer:. Rei do Juízo]

12. Oração contra caluniadores (adicionado mais tarde em Yavneh)
E para os caluniadores não haja esperança, e vamos ver todos morrer em maldades como num momento, deixe todos os seus inimigos ser rapidamente cortados, e arrancar o domínio de arrogância e de esmagamento, abatido e humilde rapidamente em nossos dias. Bendito és tu, ó Eterno, que quebra os inimigos e humilha os arrogantes.

Isto para além do Ezreh Shemoneh traz a contagem de bênçãos para 19 em vez dos 18, como indicado por seu nome. A oração contra caluniadores foi adicionado em Yavneh colocá-lo durante o tempo do midrash Beyt em Babilônia, (Veja Barachoth 33-A) Esta oração foi destinada a "cristãos" de acordo com o rabino Jeffery Cohen, autor do bem-aventurado é você.

13. Oração para os justos e prosélitos
Sobre os justos e os piedosos, para os anciãos de seu povo a casa de Israel, para o resto de seus escribas, para prosélitos verdade, e para nós também pode tuas misericórdias ser mexido, ó Eterno nosso D'us; conceder uma boa recompensa para todos os que fielmente a confiam em seu nome, defini a nossa parte com eles para sempre, de modo que não pode ser confundido, porque temos confiança em Vós. Bendito és tu, ó Eterno da permanência e confiança dos justos.

14. Oração para a reconstrução de Jerusalém.

E Jerusalém, sua cidade, o retorno em misericórdia, e nele habitam como tens falado, reconstruí-lo em breve em nossos dias como um edifício eterno, e rapidamente criar nele o trono de Davi. Bendito és tu, ó Eterno, que reconstrói Jerusalém.

15. Oração para o rei messiânico
Rapidamente faze com que a descendência de David, seu servo, para florescer, e levante a sua glória pela sua ajuda divina, porque esperamos por tua salvação todo o dia. Bendito és tu, ó Eterno, que faz com que a força da salvação a florescer.

16. Oração para a audiência de oração.

Ouvi a nossa voz, ó Eterno nosso D'us; perdoai-nos e tem piedade de nós, e aceita a nossa oração de misericórdia e favor, porque Tu és um D'us que ouve e responde as orações e súplicas; da tua presença, ó nosso Rei, por sua vez Não nos de mãos vazias; [Em dias de jejum do Leitor diz que "responde-nos, ó Senhor, responde-nos neste dia de jejum da nossa humilhação, pois estamos em grande dificuldade Não declines nem para a nossa maldade;. esconder seu rosto não . partir de nós, e não te escondas da nossa súplica Seja próximo, beseach Tu, até o nosso grito, deixe sua benignidade ser um conforto para nós, mesmo antes de chamar a Ti responde-nos, conforme é dito, E há de ser aconteceu que, antes de clamarem eles, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouço, porque Tu, ó Eterno, é Ele que responde no tempo da angústia, que livra e salva, em todos os momentos de tribulação e de angústia ;. Rei santo "]
para Tu ouvir e responder em misericórdia para com as orações do teu povo Israel. Bendito és tu, ó Eterno, que ouve e responde as orações.

17. Oração para a restauração do serviço do Templo.

Acolhei, ó Eterno nosso D'us, o teu povo Israel e suas orações; restaura o serviço para o santuário interior de sua casa, recebe com amor e favor tanto as ofertas de Israel e sua oração, e que a adoração de seu povo Israel seja sempre agradável a Vós.
[Adicionar na Lua Nova, festa dos pães ázimos, e Festa dos Tabernáculos acrescenta: Nosso D'us e D'us de nossos pais! Pode ascender nossa lembrança, vem e ser aceito diante de Ti, com a lembrança de nossos pais, de Messias, filho de Davi seu servo, de Jerusalém sua cidade santa, e de todo o teu povo da casa de Israel, trazendo libertação e bem-estar, benignidade, graça e misericórdia de vida e paz neste dia de
(No dia seguinte dizer: A Lua Nova.
A festa dos pães ázimos.
Festa dos Tabernáculos).
Lembre-se-nos, ó Eterno nosso D'us, nela para o nosso bem-estar; ser lembrado de nós para abençoar e salvar-nos até a vida: por Sua promessa de salvação e misericórdia, perdoai-nos e tenha misericórdia de nós; tem piedade de nós e salvar-nos, pois nossos olhos estão empenhados em Ti, porque Tu és um D'us misericordioso e compassivo e rei].

E deixar os nossos olhos contemplarem Seu retorno em misericórdia para com Tzion. Bendito és tu, ó Eterno, que restaura sua presença divina para Tzion.

18. Ação de graças pela misericórdia infalível D'us.

[Enquanto o leitor diz o seguinte parágrafo a congregação recita em voz baixa: Damos graças a Ti porque Tu és o Eterno nosso D'us, e o D'us de nossos pais, o D'us de toda a carne, nosso Criador e Criador de todas as as coisas no começo. Bênçãos e graças para seu nome ser grande e santo, porque Tu nos mantives-te na vida e ter preservado nós ", poderá Tu continua a manter-nos na vida e nos preservar. Reunir nossos exilados ao seu santo tribunais de observar teus estatutos, para fazer a Tua vontade, e para servi-Lo com um coração perfeito, vendo que damos graças a Ti. Bendito seja o D'us a quem é devido agradecimento.]
Damos graças a Ti porque Tu és o Eterno nosso D'us e D'us de nossos pais para todo o sempre; Você é a rocha de nossa vida, o Escudo da nossa salvação através de cada geração. Vamos dar graças a Ti e declarar seu louvor para a nossa vida, que foram confiadas ao seu lado, e para as nossas almas que estão em seu comando, e ro Seus milagres, que são diariamente conosco, e para seu milagres, que são diariamente com nós, e para as tuas maravilhas e seus benefícios, que são feitas em todos os momentos, noite, manhã e meio-dia. Está tudo bem, cujas misericórdias não não, Tu sois o Ser misericordioso, cuja bondade nunca deixa, que já esperava em ti. [Em Chanucá e Purim é aditado o seguinte: Nós Te agradecemos também para os milagres, para a redenção, para o poderosos feitos e atos de poupança, forjado por Tu, assim como para as guerras que travaram Vos para o nosso pais nos dias antigos , neste tempo.]

[19] Paz Grande.

Na verdade, existem 19 bênçãos na Esrey Shemoneh.

Conceda a paz, bem-estar, benção, graça, bondade e misericórdia para nós, e a todo o Israel, teu povo. Abençoa-nos, ó nosso Pai, mesmo todos nós juntos, com a luz da tua face, pois, à luz de Seu semblante deu-nos, ó Eterno nosso D'us, a Torá da vida benignidade, e justiça, bênção, vida a misericórdia e a paz, e o meu seja bom aos teus olhos para abençoar o teu povo Israel em todos os momentos e em todas as horas com a tua paz.

Bendito és Tu, ó Eterno, que abençoa o teu povo Israel com paz.

Minchá

La fora o mundo está frenético e você não quer sair sozinho. Antes de mais nada, fale com o Chefe. Quando tudo acalmar e chegar a noite, fale com Ele novamente. E no meio disso tudo, enquanto o trânsito ainda ruge, os telefones não deixam você em paz e seus filhos estão clamando por atenção e a adrenalina está correndo pelas suas veias – para isso, existe Minchá.

É preciso coragem para dizer ao mundo que pare enquanto você conversa com seu Criador. E é exatamente isto que torna a prece tão poderosa. Dizem que o Profeta Elijah recebeu resposta apenas uma vez em sua prece Minchá – porque esta é a prece pela qual fazemos os maiores sacrifícios.

Herdamos este costume da prece vespertina de Yitschac, o segundo dos Patriarcas. Serve também no lugar só sacrifício da tarde e do incenso oferecido diariamente no Templo Sagrado em nome do povo.

Quando?
A partir de meia hora após o meio-dia, até o pôr-do-sol. Perdeu o prazo? Você ainda pode rezar Minchá até o anoitecer. Com um minyan (grupo de orações), você precisará de 15 minutos. Sozinho, metade do tempo.

Onde?
Minyans de Minchá estão sendo criados em todo lugar atualmente: sinagogas, escritórios, lojas, restaurantes, saguões de aeroportos...

Não conseguiu reunir dez homens? Fique de frente para Jerusalém, onde quer que você esteja, no sofá da sala, em seu escritório, e recite Minchá.

Como?
Lave as mãos e abra o sidur, livro de orações/palmtop/telefone ou memória. Minchá vai das passagens relacionadas ao serviço vespertino diário no Templo Sagrado até Ashrei (Salmo 145), chegando à bênção 19 da Amidá (prece silenciosa), recitada de pé na direção de Jerusalém. Termina com breves preces penitenciais (omitidas nos dias festivos) e o Aleinu.

Na presença de dez homens judeus, o kadish é recitado e o condutor dos serviços (Chazan) repete a Amidá em voz alta enquanto os outros respondem Amém.

Para dias especiais (ex. Shabat, feriados, dias de jejum), há variações especiais. Às vezes a Torá é lida, outras ocasiões algumas preces são acrescentadas.

VIDUI CONFISSÃO

recitar o vidui com cavaná - grande intenção.

Este é o texto que recebemos dos chassidim e de homens de bons atos:
Modê ani lefanêcha Ado-nai E-lohai vE-lohê avotai E-lohê avraham yitschak veyaacov E-lohê hae-lohim vaAdonê haadonim bashamáim mimaál veal haárets mitáchat ên od, ossê shamáim vaárets, ossê chésed mishpat utsedaká baárets, haia vehovê veyihiê, mehavê et hacol, sherefuati beyadêcha, umitati veyadêcha, iehi ratson milefanêcha Ado-nai E-lohai vE-lohê avotai shetirpaêni refuá shelêma ki Atá E-l rofê rachaman, veim bar minan amut tehê mitati capará al col chatotai vaavonotai ufshaai shechatáti vesheavíti veshepasháti lefanécha vetên chelki betoratêcha uvegan êden vezakêni laolam habá hatsafun latsadikim vaani modê umaamin ki Atá nimtsá metsiut guemurá, veAtá echad velo kechol haachadim, verosh lechol hanimtsaim, veenechá guf velo chôach beguf, velo iasigúcha massiguê haguf umikrav, veên bechá davar mitoarê hagufim, veAtá cadmon lechol hanimtsaim, veAtá raui leheavêd uleharim, veAtá hanotên nevuá befi chol haneviim, unvuat moshê avdêcha neviêcha lemála micol haneviim, veAtá natáta lánu al yadô min hashamáim torá shelemá umeshivat nafesh, vehi zot hatorá hakedoshá hametsuiá venênu, vehiguía elav mipi haguevurá, velo tihiê zot hatorá nedéret velo nessuchá, veAtá yodêa machshevot benê adam velo titrashel bahem, vedarkechá ligmol tov latsadikim ulehaanish lareshaim vetavi meshichênu haahuv utechaiê metênu. Yihiu leratson imrê fi vehegion libi lefanêcha Ado-nai tsuri vegoali.

Tradução:

Admito perante ti Ado-nai meu D'us e D'us de meus patriarcas, D'us de Avraham, Yitschak e Yaacov, D'us dos deuses Senhor dos senhores, no céu acima e sobre a terra abaixo não há outro, que faz o céu e a terra, que faz a justiça e caridade na Terra, que existe existiu e existirá, dá a existência a tudo, que minha cura está em Tuas mãos, e minha morte está em Tuas mãos. Seja a vontade perante Ti, Ado-nai meu D'us e D'us de meus patriarcas, que me curas com uma cura completa, pois Tu és D'us que cura com piedade. E caso, longe de mim, eu morra, seja minha morte um perdão sobre todas as minhas falhas e pecados e revoltas que eu falhei, pequei e me revoltei perante Ti, e me dê uma parte em Tua Torá, e no Gan Éden, e me faça merecer o mundo vindouro que é guardado para os justos. Eu admito e creio que Tu existes numa existência completa, Tu es um e não como todos os únicos, é o primeiro de todos os existentes, não es um corpo e não uma força corporal, e não Te compreenderá aqueles que compreendem os corpos e suas ocorrências, e não existe em Ti nada das formas corporais, e Tu é mais antigo de todas as existências, e a Ti é propício servir e elevar, e Tu colocas a profecia na boca de todos os profetas, e a profecia de Moshê Teu servo e profeta é acima de todos os profetas, e Tu nos deste por seu intermédio dos Céus a Torá completa que conforta a alma, e esta é a Torá sagrada que se encontra entre nós, e chegou a ele da boca do Todo-poderoso, e esta Torá jamais faltará e não será esquecida, e Tu sabes os pensamentos dos humanos, e não os abandonarás, e Teu caminho é proporcionar bondades aos justos e castigar os perversos, e nos trarás nosso Mashiach querido, e ressuscitarás nossos mortos. Seja bem aceito o dito de minha boca e os pensamentos de meu coração perante Ti, Ado-nai minha rocha e meu salvador.

Kol Nidre

kol nidrei (letra em hebraico (transl.) e traduçao em portugues(brasil)

Kol Nidrei  Ve'esarei, Ush'vuei, Vacharamei,
Vekonamei, Vekinusei, Vechinuyei.
D'indarna, Ud'ishtabana, Ud'acharimna, Ud'assarna Al nafshatana
Miyom Kippurim zeh, ad Yom Kippurim haba aleinu letovah
Bechulhon Icharatna vehon, Kulhon yehon sharan
Sh'vikin sh'vitin, betelin umevutalin, lo sheririn v'lo kayamin
Nidrana lo nidrei, V'essarana lo essarei
Ush'vuatana lo shevuot.

tradução
Todas as promessas, proibições [auto-impostas], juramentos, consagrações, restrições, interdições, ou [quaisquer outras] expressões equivalentes de promessa, que possamos prometer, jurar, dedicar [para uso sagrado], ou proibirmo-nos, desde este Yom Kipur até o próximo Yom Kipur, que venha a nós para bem, [desde já] nos arrependemos de todos eles; assim sendo, estão todos absolvidos, perdoados, cancelados, declarados nulos e sem valor, sem força nem efeito. Que nossas promessas não sejam consideradas promessas; que nossas proibições [auto-impostas] não sejam consideradas proibições; e que nossos juramentos não sejam considerados juramentos.

domingo, 9 de outubro de 2016

Mensagem de YOM KIPUR.

Depois degolará o bode, da expiação, que será pelo povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho, e o aspergirá sobre o propiciatório, e perante a face do propiciatório.
Assim fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, e de todos os seus pecados; e assim fará para a tenda da congregação que reside com eles no meio das suas imundícias.
E nenhum homem estará na tenda da congregação quando ele entrar para fazer expiação no santuário, até que ele saia, depois de feita expiação por si mesmo, e pela sua casa, e por toda a congregação de Israel. Levítico 16:15-17
Mas aos dez dias desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao Senhor.
E naquele mesmo dia nenhum trabalho fareis, porque é o dia da expiação, para fazer expiação por vós perante o Senhor vosso Deus.
Porque toda a alma, que naquele mesmo dia se não afligir, será extirpada do seu povo.
Também toda a alma, que naquele mesmo dia fizer algum trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo.
Nenhum trabalho fareis; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações em todas as vossas habitações.
Sábado de descanso vos será; então afligireis as vossas almas; aos nove do mês à tarde, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado. Levítico 23:27-32
A tradição judaica tem mantido uma grande ênfase no aspecto individual da celebração do Yom Kipur, ou seja, que cada indivíduo se preocupa por si mesmo em buscar a expiação e creem que o dia da celebração em si seria responsável pela purificação da alma.
Podemos observar no texto de Lv 16 que um dos aspectos primordiais do serviço kohanim era o sacrifício do bode da expiação que seria pelo povo ou por toda a congregação de Israel.
Havia um serviço com um bode vivo, conforme o texto;
Havendo, pois, acabado de fazer expiação pelo santuário, e pela tenda da congregação, e pelo altar, então fará chegar o bode vivo.
E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniquidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado para isso.
Assim aquele bode levará sobre si todas as iniquidades deles à terra solitária; e deixará o bode no deserto. Levítico 16:20-22
Mais uma vez vemos o sacerdote confessando as iniquidades pelo pecado coletivo dos filhos de Israel. Disto depreendemos que havia a necessidade de expiação particular, onde cada um era responsável pelo seu próprio pecado, e havia a necessidade de expiação por aquilo que o povo pecava em conjunto, principalmente quando deixavam de cumprir coletivamente as instruções da Torá.
Hoje os filhos de Israel não tem mais o serviço kohanim para serem expiados de suas transgressões, eles celebram Yom Kipur sem conseguirem o almejado perdão de seus pecados, nem particulares e nem coletivos.
Que todos os messiânicos possam incluir  nos seus serviços de Yom Kipur, um momento muito especial de intercessão pela salvação dos filhos de Israel que estão espalhados pelo mundo, eles necessitam saber que o kipur só se consegue através de Yeshua. Oremos para que o Ruach faça um mover de avivamento para o convencimento da necessidade de cada judeu reconhecer a salvação através do sacrifício que o Mashiach realizou por nós no madeiro em sua morte.
Eu creio que se fizermos isso, breve veremos muitos deles confessando que Yeshua é o Messias prometido e terão o verdadeiro kipur em suas vidas.
Tenham todos um excelente Yom Kipur.

sábado, 1 de outubro de 2016

Hosh Hashaná 5777

Ao cair a noite do dia 02 de outubro inicia-se Rosh Hashaná (ano novo judaico), também conhecido na Torá como Yom Teruá. Esta data, além de significar o "aniversário da criação do homem", também significa o início do "julgamento" que dura dez dias, cujo veredito se dá em Yom Kipur (Dia do Perdão), onde não só judeus como gentios e toda criação (anjos, etc) são julgados. Acredita-se que Adam e Chava obteram perdão em 10 de tishrei (Yom Kipur).

Ao entrarmos nos 10 "dias temíveis" (de julgamento), é apropriado que venhamos a refletir sobre nossas ações no decorrer do ano; nos concertando com Hashem e com nosso próximo através do arrependimento e atos de bondade e justiça, que são capazes de anular e/ou atenuar decretos ruins.
Muitos pensam que apenas um pedido de perdão a D'us é o suficiente pra expiar transgressões, só que não. Isso não é o suficiente! Se causamos algum dano a alguém, além de pedir o perdão da própria pessoa em questão, é necessário repararmos este erro de alguma forma. Um exemplo é a situação do "Bezerro de Ouro" (Êxodo 32) , onde toda a congregação se propôs a construir tal monumento idolatra ("Tirai os aros de ouro das orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e de vossas filhas e trazei-me a mim") e depois, mesmo recebendo perdão, tiveram que concertar o erro através de toda congregação se empenhado na construção do Mishkan, como é detalhado minuciosamente no relatos da Torá:
"E veio todo homem cujo coração o incitou, e todo aquele cujo espírito o impeliu a isto... E vieram homem e mulheres, todos os doadores de coração, e trouxeram... todo objeto de ouro" -Êxodo 35:20-22.

Segundo o Midrash, a frase "e estas são as coisas" (de Moisés) veio para redimir a afirmação "e estes são teus deuses, Israel" (que o povo disse sobre o bezerro). E veio o ouro doado pelo povo para redimi-lo do ouro do bezerro. (Acredita-se que o perdão para tal pecado também foi concedido em 10 de tishrê).

Então, mãos à obra! É momento de reflexão e conserto, que venhamos a pedir perdão a D'us e às pessoas pelos erros, e também perdoar quem nos causou algum dano, pra que venhamos ter nosso nome escrito no livro da lida e termos um ano lindo e doce como é desejado: Shana Tová

Obs: o livro da vida e livro da morte não implicam necessariamente que todo justo vai viver e todo pecador vai morrer. Um justo, mesmo que morra fisicamente, é chamado de vivo pois seus ensinamentos e exemplos permanecerão influenciando outros após partir deste mundo; o mesmo não pode ser dito dos perversos.

Shaná Tová Umtuká - Feliz 5777

terça-feira, 27 de setembro de 2016

ANO NOVO 5777

Rosh Hashaná
Aniversário do Universo e Dia do Julgamento

O que comemora-se: 
Rosh Hashaná, considerado o aniversário do Universo, é na realidade o sexto dia da Criação, quando D’us criou o primeiro homem, Adam – o propósito de toda Criação. O primeiro ato de Adam foi proclamar D’us como Rei do Universo. Por este motivo, a cada Rosh Hashaná coroamos o Todo-Poderoso como Regente do mundo, reafirmando nosso compromisso de serví-Lo apropriadamente. Assim como D’us completou a Criação no primeiro Rosh Hashaná, a cada Rosh Hashaná Ele reavalia a qualidade de nosso relacionamento com Ele, assumindo uma vez mais o sustento do mundo. Nisto se constitui o julgamento de Rosh Hashaná.

Comemora-se: Dia 1 de Tishrei

Duração: 2 dias (inicia-se antes do pôr-do-sol da véspera e termina ao completo anoitecer do 2º dia)

Velas: As velas são acesas na véspera, ao pôr-do-sol do primeiro e do segundo dia com a bênção apropriada da festa.

Kidush: Ao retornar da sinagoga, após as preces de Arvit, recita-se o kidush da noite de Rosh Hashaná e ao retornar da sinagoga, após as preces da manhã e Mussaf (Prece Adicional) recita-se o kidush do dia de Rosh Hashaná, ambos sobre uma taça repleta de vinho.

Costumes

Tsedacá
Deve-se acrescentar doações para caridade neste dia.

Hatarat Nedarim
Costuma-se anular promessas feitas durante o ano perante um grupo composto por 10 homens. É realizada antes de Rosh Hashaná para que o ano novo reinicie sem conexão com qualquer falha que possa ter havido no passado.

Maçã com Mel

Na primeira noite, antes de iniciar a refeição, mergulha-se uma maçã doce no mel.

Shaná Tová

Na primeira noite de Rosh Hashaná, após a reza, é costume comprimentar as pessoas com o voto: "Possas tu ser inscrito e selado para um bom ano." / "Shaná Tová ve chatimá tová".

Chalot Redondas

Usam-se duas chalot redondas a cada refeição e é costume mergulhar cada fatia no mel antes de comer.

Tashlich

No primeiro dia de Rosh Hashaná, logo após a reza da tarde, Minchá, é costume ir até um poço ou lago onde haja peixes e recitar uma bênção especial chamada "Tashlich" ("Jogarás"). Simbolicamente jogamos nossos pecados nas profundezas do mar. A água representa a bondade e os peixes, cujos olhos nunca fecham, representam a vigilância constante de D’us sobre nós.

Fruta Nova
Na segunda noite, uma fruta da nova estação, que ainda não tenha sido provada, é saboreada logo após o kidush.

Cabeça de Peixe

Cabeça de peixe, servida durante a refeição, faz parte de um dos símbolos da festa para lembrar que devemos ser sempre "cabeça"; um exemplo a ser seguido por todos.

Tsimes
Prato composto de cenouras doces, faz parte das iguarias servidas.
Cenouras em yidish é meren, que significa acrescentar, representando o desejo de possuirmos mais méritos que falhas.

Proibições

As atividades criativas proibidas no Shabat também o são em Rosh Hashaná, com exceção de carregar num domínio público, cozinhar para as refeições do mesmo dia (se for utilizado fogo de uma chama acesa desde a véspera) e outras atividades ligadas à preparação dos alimentos.

Ano novo judaico - 5777 3/4 de outubro de 2016.


O Dia do Ano Novo judaico não é apenas uma ocasião de alegria mas, um dia dedicado à oração. É chamado Yom Hazicaron (Dia da Memória) - quando todas as criaturas são julgadas pelo Criador de acordo com seus méritos.
Devemos lembrar que o Supremo Juiz do Universo é bondoso e misericordioso. Seu propósito não é punir. D'us apenas quer que sigamos as Leis e regulamentos que Ele nos impôs para nosso próprio bem.
Durante o mês de Elul, com a aproximação de Rosh Hashaná, tomamos a resoluta determinação de corrigir qualquer mal feito ou hábito descuidado do passado. Um sentimento toma conta do coração do verdadeiro arrependido, como se removesse um fardo pesado do passado. É o sentimento de poder recomeçar a vida como uma criança recém-nascida, sem máculas nos seus registros. São estes os sentimentos que o judeu traz à sinagoga na primeira noite de Rosh Hashaná. Ele se encontra próximo a D'us, e as orações vem da sua sincera vontade de retornar ao Criador.
O mês de Tishrei é o sétimo no calendário judaico. Isso pode parecer estranho, pois Rosh Hashaná, o Novo Ano, é no primeiro e segundo dia de Tishrei. A razão é que a Torá fez o mês de Nissan o primeiro do ano, para enfatizar a importância histórica da libertação do Egito, que aconteceu no décimo quinto dia daquele mês, e que assinalou o nascimento de nossa nação.
Entretanto, de acordo com a tradição, o mundo foi criado em Tishrei, ou mais exatamente, Adam (Adão) e Chava (Eva) foram criados no primeiro dia de Tishrei, que foi o sexto dia da Criação, e é a partir deste mês que o ciclo anual se inicia. Por isso, Rosh Hashaná é celebrado nesta época.
Há doze meses no ano, e há doze Tribos em Israel. Cada mês do ano judaico tem sua Tribo representativa. O mês de Tishrei é o mês da Tribo de Dan. Isto tem um significado simbólico, pois quando Dan nasceu, sua mãe Lea disse: "D'us julgou-me e também atendeu à minha voz." Dan e Din (Yom HaDin, Dia do Julgamento) são ambos derivados da mesma raiz, simbolizando que Tishrei é a época do Julgamento Divino e do perdão.  O mazal de Tishrei é a Balança. Este é o símbolo do Dia do Julgamento, quando D'us pesa as boas e as más ações do ser humano.
Embora cada Lua Nova seja anunciada e abençoada na sinagoga no Shabat que a precede, a Lua Nova de Tishrei não é anunciada nem abençoada, pois o próprio D'us a abençoa. Rosh Hashaná é indicado nas Escrituras: "Soe o shofar na Lua Nova, em ocultamento do dia de nossa festa."
Nossos sábios viram nisso a ordem da Criação, como a consideração do bom anfitrião que, antes de convidar um hóspede de honra, coloca a casa em ordem, prepara as lâmpadas mais brilhantes, uma refeição deliciosa, etc., para que seu convidado encontre tudo preparado. Mas também vêem nisto uma profunda lição: se o homem é merecedor, é tratado como um convidado de honra; se não o merece, dizem-lhe: "Não fique orgulhoso de si mesmo; até um inseto foi criado antes de você!"

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

O polêmico grupo 'de Satã' que quer dar aulas nas escolas dos EUA

Um grupo ateu chamado The Satanic Temple (Templo Satânico) está causando polêmica nos Estados Unidos ao propor as escolas adotem uma atividade extracurricular chamada "clubes de Satã" - descrita como uma aula de formação distinta da proporcionada por grupos religiosos.
A discussão ganha força por ocorrer no momento em que o ano letivo está prestes a começar nos EUA. É quando pais e filhos falam sobre atividades extracurriculares que as crianças poderão frequentar durante o ano.
Há petições do grupo para pedir que as aulas comecem a valer já neste semestre em diversas escolas de cidades Nova York, Boston e Detroit, segundo o jornal The Washington Post.
Mas o jornal explica que o plano do grupo não é promover a adoração ao diabo: o templo rejeita a noção de sobrenatural e defende a racionalidade científica. Satã seria, segundo o grupo, uma "metáfora" para rejeitar todas as formas de tirania sobre a mente.
Ainda de acordo com o grupo, o programa do curso seria formado por aulas de ciências, pensamento crítico, artes e história indígena para crianças do ensino primário. Também haveria exercícios para elevar a autoestima e desenvolver a empatia.
Mas o que se sabe sobre o Templo Satânico?
O fato de o nome da organização remeter a reuniões clandestinas, nas quais se sacrificam animais e se adora a figura de Lúcifer, provocou receio entre muitos pais de alunos.
Porém, o Templo Satânico se apresenta como um grupo ateu cujos objetivos seriam proporcionar igualdade, justiça social e defender a separação entre a Igreja e o Estado. A organização tem sede em Nova York e 20 escritórios espalhados pelos Estados Unidos.
"As pessoas nos veem como diabólicos pelo nosso nome, mas o irônico é que a bondade e o pensamento crítico são nossas crenças fundamentais", disse à BBC Mundo, o serviço espanhol da BBC, um porta-voz do escritório do grupo em Los Angeles, na Califórnia, identificado como Ali.
Ali explicou que o grupo usa Satã como mascote por interpretar que, segundo a Bíblia, ele desafiou a autoridade de Deus e foi expulso do céu. O grupo, na opinião de Ali, enfrentaria situação similar à do personagem bíblico.
"De forma similar, nós desafiamos a autoridade intolerante na política, na sociedade e na cultura e somos marginalizados por isso. Além disso, recebemos ameaças de morte pela simples associação com o nome", disse ele.

Doutrina

O grupo, que diz ter mais de 200 mil membros, afirma não acreditar em seres sobrenaturais e se distancia de conceitos como o medo do inferno e da ira de Deus.
Seus dogmas são:

Satã para crianças?

O Templo Satânico foi criticado por suas atividades, especialmente por organizações cristãs. Alguns dizem que o Templo não é uma organização, mas sim uma espécie de brincadeira, sátira ou simples provocação.
Assim, a proposta do grupo de levar sua mensagem para as escolas tem despertado suspeitas, não apenas pela referência ao diabólico, como pelas dúvidas sobre a seriedade da iniciativa.
Ali afirmou que o grupo está encontrando muita resistência, mas também apoio.
"Algumas autoridades se negam a analisar a proposta, enquanto outras nos convidaram a falar nas juntas escolares para conhecer mais detalhes", afirmou.
"Em relação aos pais, alguns expressaram entusiasmo e estão querendo matricular seus filhos ou se voluntariar durante as aulas. Outros ameaçaram atirar e nos matar se entrarmos nas escolas de seus filhos".
Organizações cristãs vêm criticando o Templo Satânico

Liberdade religiosa

O grupo diz que baseia seu pedido para dar essas aulas na existência dos Good News Clubs, programas extracurriculares de estudos bíblicos organizados pelo grupo Children Evangelism Fellowship (Sociedade de Evangelismo Infantil).
Em 2001, a Justiça dos Estados Unidos determinou que nenhum discurso religioso específico pode ser discriminado nas escolas.
"Os evangélicos cristãos, em particular a Sociedade de Evangelismo Infantil, vêm se beneficiando dessa regra desde então", diz a organização.
"Por ser ilegal discriminar religiões concretas ou que se dê preferência a alguma delas, os clubes extraescolares de Satã não podem ser negados onde operem clubes cristãos ou de outras religiões".
Para Mat Staver, fundador de um grupo de ajuda legal que assessora a Sociedade de Evangelismo Infantil, o Templo Satânico é "ilegítimo e está disfarçado de religioso".
"O chamado grupo satânico não tem nada de bom a oferecer aos estudantes e sua única razão de existir é perturbar. Nenhum pai em seu perfeito juízo consentiria que seu filho assistisse a esses eventos", disse.
Resta saber qual será a resposta oficial dos distritos consultados.
Mesmo após isso, segundo Staver, a palavra final caberá aos pais, que têm que concordar - ou não - com que seus filhos participem das atividades depois das aulas.